O que reina no seu coração?

A idolatria é o pecado que, ao contrário da maioria, atinge diretamente a Deus. Por isso, ela é tão desastrosa na vida do idólatra. Mas, se você pensa que este pecado é unicamente o ato de adorar uma escultura, imagem, representação ou outro deus não verdadeiro, está enganado. Em termos práticos, idolatria é o pecado que comete quem substitui Deus do lugar principal de sua vida por outra coisa qualquer.

Dinheiro

Ele é uma necessidade básica para nossa sobrevivência, é claro. Seria irracional se alguém resolvesse abrir mão do uso do dinheiro na sua vida, afinal, é ele que paga nossas contas, permite a compra daquilo que precisamos e permite até mesmo nosso conforto material.

O pecado não está em ter muito dinheiro, isso até é considerado benção do Senhor – “a bênção do Senhor é que enriquece” (Provérbios 10.22) – mas sim torná-lo o centro de tudo. Se você confia mais no seu dinheiro do que em Deus para que sua vida seja feliz e tranquila, estás tendo-o como seu deus, logo, incorrendo na idolatria.

O Apóstolo Paulo foi muito claro quando tratou sobre o amor ao dinheiro.

“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. ” (1 Timóteo 6.10)

O amor ao dinheiro normalmente é expresso de duas formas: descontrole no uso ou avareza. Tanto um, como o outro, são atitudes de quem não consegue manter o equilíbrio na sua vida por causa da preocupação excessiva. Quem gasta demais, mais do que ganha, por exemplo é o tipo de pessoa que é dominado pelo prazer de gastar. Além de ter sérios problemas na vida civil, este alguém é tido como um empregado do dinheiro.

Em Eclesiastes 5.10, o sábio Salomão apontou como é o comportamento de quem nunca se satisfaz com o que já tem e, por isso, não há dinheiro o bastante para ele.

“Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.”

Por outro lado, há quem morre de medo de ficar sem dinheiro e, por isso, torna-se uma pessoa avarenta, que só pensa em guardar e até mesmo defraudar os outros para economizar. Estas também estão cometendo o pecado da idolatria já que é latente a falta de confiança em Deus.

Em Lucas 12.15, Jesus ensinou que a vida não consiste na abundância dos bens e que, por isso, devemos fugir da avareza. Além disso, quem está sempre em busca de ter a falsa paz produzida pelo dinheiro, normalmente esquece de levar em conta princípios de vida ensinados por Jesus como a moralidade, honestidade, decência e dignidade. Em Provérbios 16.8, aprendemos que “melhor é o pouco com justiça, do que a abundância de bens com injustiça. ”

Avareza e descontrole são os dois polos de comportamento de quem tem o dinheiro como deus de sua vida. Busque o equilíbrio! Acredite que se você for fiel a Deus e buscar sempre cumprir com a vontade dele, mesmo nas horas de adversidade, Ele será fiel e não deixará você desprovido de sustento. “Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão” (Salmos 37.25).

Que a nossa oração diária seja como a de Salomão:

“Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume” (Provérbios 30.8).